Vestida de vermelho, tem dias que ela é como pudim de leite moça e ternura
Pérola de decoração e revestimento de cura
E outros tantos, amarga como aspargos
Dona de rara beleza, enfrenta suas dores com agulhas de amargura
Dama manhosa, ela é amorosa e desastrosa
Uma flor de amor bem espinhosa
E o que seria dela?
Se fosse só aroma e jantar a luz de velas
Ela canta, encanta e espanta
Quando bem tratada exala até amora
Ela é ferida, mas também é cinema com pipoca
Brota no Jalapão azul, sorridente, e desabrocha quando chora
Flor perigosa, saborosa e fogosa
Diva da fauna e da flora
Colore a alma quando acorda
Te jura amor eterno no barco a vela
E te despedaça numa esquina qualquer da primavera
Na praça, no jardim e no buquê da noiva
É Rosa que venera e espeta
Ousada, acende estrela cadente até com manivela
Ela é incrível sendo ela
No palco da vida real, a Bela e a Fera
Linda, sinaliza em seu corpo suaves espinhos
E com suas saias coloridas, embeleza
Borda os ares das estações transbordando amor e beijos com sabor de seriguela
A Rosa Espinhosa é cambalhota e dengosa
É o retrato da vida estampado nela