Tolo Poeta

Malditos Versos

Malditos sejam esses versos
Que me arrancam a paz
Que me roubam o sono,
Que aprisionam minha fome
E me proíbem de sorrir.

Malditas sejam estas mãos,
Que traduzem no papel o que da mente
Jamais deveria escapar
Que desnudam aquilo que evito olhar,
E trazem à luz o que eu insisto em esconder.

Maldito sejas tu, tolo poeta, covarde poeta,
Que busca um fim para teus versos,
Mas encontra apenas novos começos,
Novos abismos,
E ainda mais sofrimento.