O que será que o futuro e o destino me guardam?
Será que há um enigma nos caminhos que trilho?
Os meus sentimentos, como estrelas distantes,
surgem em noites profundas, sempre fora do meu alcance.
Descobri, com dor e surpresa,
que aquelas que cativaram meu coração,
eram constelações fora do meu firmamento,
e eu, uma viajante em busca de seu próprio céu.
Cansada estou deste dilema incessante,
onde o amor se entrelaça com a frustração,
encontrando em cada passo um espelho quebrado,
reflexos de um desejo que não se encaixa na realidade.
Aquela que pensei ser o enigma de minha jornada,
com quem compartilho encantos e sonhos,
se revela, porém, um caminho divergente,
uma sinfonia de pensamentos semelhantes, mas com melodias diferentes.
Nossas afinidades, como flores em um jardim,
se misturam com diferenças, como ventos que sopram em direções opostas,
e o amor , sempre à beira da frustração,
transforma-se em uma dança de esperança e resignação.
Sinto, com o coração cansado,
que o desejo e o desamor são sombras inseparáveis,
como um rio que corre e se desvia,
sempre em busca de um oceano que parece distante.
E assim, sigo meu caminho,
com o peso de um \"amor\" que se torna perda,
e a sensação de autossabotagem,
como uma companheira silenciosa que não me abandona.
Que o futuro me traga, talvez,
um desvio onde o amor e o destino se alinham,
onde as estrelas, antes inalcançáveis,
desçam ao meu firmamento,
iluminando o escuro.
Que meu coração, enfim, se torne bússola,
guiando-me para um céu que seja meu,
onde as dores se transformem em constelações passadas,
e o amor, enfim, floresça com a luz de um novo amanhecer.