Entreguei-te o âmago, verti cada gota,
Fiz de meu amor um altar, um poema,
Mas a luta solitária rasga e devora,
No espelho do agora, só resta o dilema.
Memórias protagonizam, um teatro cruel,
Onde os planos desfeitos bailam sem trégua.
O presente, gélido, rasga o véu,
E a alma, em prantos, na carne se revela.
Asfixia que nasce nas sombras do ser,
E perece nos gritos que a carne consome.
Desisto, não há mais como não me render,
Se o amor que ofertei não encontra mais um nome.