Um Instante para tudo se perder
E se vão todos os minutos que passam pelo ponteiro
E o mundo se desfaz
E partem os dias e o vento leva a poeira que cobre o chão
as nuvens passam e levam o calor que é abrandado
goteja sobre o solo
São rachaduras que partem a terra
as sombras caem com a luz
e há um homem que caminha pela rua vazia
ele porta consigo um cajado
e em seu coração justiça
e se rompem as correntes
mostra-se o mundo verdadeiro escondido
o homem passa e ninguém o percebe
ele caminha devagar em meio a multidão
e o céu o segue
as luzes brilham sobre o dia que se levanta
e o mundo rui aos seus pés
ele invoca em seu coração a verdade
e das fendas nascem flores
e o chão se cobre
nos campos manchados de sangue pela guerra
nascem flores que chamam os pássaros que cantam sem parar
as águas calmas batem nas rochas
Um minuto para o fim do mundo
que morre aos olhos
sua casca parte e surge outro mundo verde e bonito
as árvores brilhas com a luz do dia
as águas ficam claras com animais cruzando as pistas aonde os carros pararam
e o povo passa para ver as coisas novas
e o homem passa e ninguém o nota
e surgi o novo mundo
ele ri com contentamento no coração
ninguém o nota
sua chaga da mão não é percebida
e se foi o minuto do fim
e surgi o novo minuto
e ele passa por entre outras pessoas
e anda e anda
e todos olham para o céu
e dia brilha como nunca brilhou
não há pranto
e ele passa e ri
e anda
com contentamento em seu coração
um minuto passou
e o mundo acabou
e surgiu outro mundo
e ninguém notou
e ele anda com contentamento no coração
olhando para o céu azul
de um dia que novo
e anda o homem feliz com alegria no coração.