Olhos pesados
Ombros afundados.
Faca cega que rasga medula cerebral.
Flecha sem ponta que penetra lobo occipital.
Mas que cinzas são os ratos que forram o chão.
Mas que também tampam o céu em vastidão.
Malditos postes que ofuscam estrelas.
Mas não podem apagar velas.
Finalmente solidão que lembra.
Ó astro que é sina.
Finalmente à luz que me fascina.
Lembra de curar os olhos de umbra.
Mas como é finita a pausa divina.
Mas como é pobre em trégua.
Mas como é cruel a rotina.
Mas como é bela a lua.