POEMA DO BEIJO
As bocas quando se encontram ocorre uma mutação
O peito parece falar
E o corpo entra em erupção
Expelindo as lavas que queimam o coração.
O beijo transcende a dor
Queima, arde e esfria
É uma profunda expressão de amor
Que a alma assim anuncia
Beijo é sentimento que o lábio selou
Pode ser que seja prazer mas também pode ser agonia.
A boca tem aparências vulcanicas
E também tem algo de flor
As pétalas são lavas sincrônicas
Enquanto o magma se reveste de cor.
Ósculo que une o corpo a alma
Respondendo ao corpo o ensejo
E a alma na febril leveza que acalma
A tensão sutil do desejo.
O lábio é câmara que arde
E onde se encontra a doçura
Porque o beijo na verdade
Pode ou não ser ternura
Decerto pode ser doce
Mas também pode ser amargura.