Sentei com minha doce companhia,
tomei um café e comi um croissant,
li Alexandre Dumas, coloquei o meu cachecol
desci as escadas e sentei ao pé de uma árvore amarela,
as folhas caiam suavemente e ali posei os meus pés.
Comi um doce, um pain au chocolat e um macaron.
Será muito doce? Mas o que te importa se vivo a fazer os meus dias mais e mais doces!
Esperei o trem, desci, me acomodei em qualquer canto.
Segui, cheguei ao museu. Encanto no olhar, criança ou idoso, seja quem for ali a entrar.
Bonjour Madama, Bonjour ça va? Ça va.
Vi o antigo cartão postal, escrevi em poucas linhas, percorri a saudosa cidade e logo avistei o la poste e enviei-o aos meus.
Os dias seguiam tão rápidos, serenos sem pauso para os meus tantos desassossegos.
Bonsoir, ça va?
Os dias corriam e eu seguia embebecida de tantos sabores,
nos tantos concertos, nas belas sinfonias, meu alento perfeito.
Desejo nas ruas fazer percorrer minha voz e saltitar,
até mesmo dançar na bella langue,
mas já não podia.
Seguia em silêncio a guardar,
ninguém ao menos sabia da minha terna alegria.
E os problemas, pra quem contar?
Ninguém a confiar tamanho segredo.
Seguia a silenciar tamanho momento que em mim sustento fazia meus dias triunfo secreto.