A brisa batia fria,
ferindo a face da densa relva,
enquanto o pequeno rio
dançava alegre,
no ritmo do som de águas,
que tombavam suaves
na cascata prateada,
reluzente,
ao luar lírico,
daquela noite em festa...
A melodia de sons e ruídos
lembrava uma louca sinfonia,
onde o maestro da ilusão
regia sua orquestra de sonhos,
absorvendo as críticas, e
o lamento da brisa revolta...
As folhas ressequidas,
contorcidas pelo fim de mais um outono,
esvoaçavam-se,
compondo com o murmurar da noite
um clima de intenso revival,
como num ritual,
onde, sem dúvida,
a dadiva final era apenas um suspiro,
um sussurro de esperança, e
alegria sem igual...