Quando era pequena tive um gato laranja.
Me encantou como que, com ele, não sentia desconforto ao dormir.
Como que em uma manhã decidi que seria minha herança.
Notou-se uma conexão que não poderia com qualquer outro reproduzir.
Colocado à mesa de jantar, ansiava pela hora em que iríamos nos mais sem sentido sonhos nos aventurar.
Te contava sobre todos os garotinhos do jardim de infância que gostava.
Quando nem ao certo sabia o que era amar, mas as flores do meu casamento já planejava.
Uma pena que, obrigada a crescer, tive que na parte de cima do armário te deixar.
Uma pena que já não posso, com você, das minhas amiguinhas reclamar.
Uma pena que nada disso para um conjunto de enchimento e camurça laranja, existiu.
Talvez tenha sido daí, que minha mania de sempre sentir mais que o outro, surgiu.