Você me chamava de sol,
Falava do quanto eu brilhava pra você.
Era tão bom me sentir assim, luz pra você, logo pra você.
O amor parecia ser uma pintura: o meu reflexo nos seus olhos brilhando, quando olhava pra mim.
Foi ficando opaco,
Cores mais frias ganhando o espaço.
Os pincéis dançando devagar,
Gelidamente lento.
Como se gotas de chuva caíssem sobre mim,
Eu senti todos os meus tons se dissipando.
Eu fui sumindo do seu campo de visão,
apagada do seu quadro.
Não faço mais parte da sua arte eu acho.
Eu era o sol que fazia seus olhos brilharem e a sua boca sorrir,
Agora eu vejo você parando o meu riso e o seu rosto virando pro lado contrário do meu.
Eu me sinto o fogo que acabou de apagar - virando fumaça, a personificação do fim.