E ali estava eu, voando entre estrelas no céu noturno em movimento, como se cada pincelada daquela imensidão fosse uma nota musical, um espiral para outro universo.
E a única coisa que me agarrava a este chão era você.
Se soubesse que ando pelas noites tropeçando pelo tempo em que te tinha mais perto...
Eu sei que esse emaranhado que carrego atrás desses olhos um dia vai encontrar um caminho, e aqui não mais estarei.
Viverei lá, entre o movimento de tinta que as constelações fazem, entre a lua cintilante.
Um dia, minha atmosfera se acostumará a conviver com essa pincelada que a vida deu no meu caminho e que sei que a levarei por toda a estrada que me falta.