A solidão que desaba
Vem me encharcando
E me envolvendo
Tem me roubado do agora
Nem vivo o tempo
Imagino um mundo
Que ela não pega em minhas mãos
Em que não por vontade própria
não há faço minha companhia
O que me intriga
É não saber a mandá-la embora
Como se corta o fio? Que liga a mim
Talvez de berço
Essa foi minha educação
Aprender a viver sem se deitar em um peito e ouvir o coração
Talvez a raiz permaneça
Mesmo que árvore já esteja no chão
E se enraizado no peito
Virou as minhas artérias do coração
E o que o meu coração deseja a final?
Talvez seja bater sem aperto
Talvez essa seja a liberdade a final