Pétalas alaranjadas vieram pela janela
Um transporte assustador
Enquanto entregava a encomenda
Chacoalhava as portas
Trincava os vidros
Levava o telhado
Gloriosa e destruidora vinda
Uma flor aos pedaços
Findando o alvoroço
Debruçou-se no sofá
Logo toquei na cor
Perdia o brilho
Clamava auxílio
E eu, destruído, socorri a flor
Amassada, mastigada
Tão leve por tornar-se quase um nada
Gritava cores alaranjadas
Minha roupa manchava setas
Que apontavam à leste
Policromático e destruído, deixei que me manchassem
Socorrendo as outras amassadas, mastigadas