Há encantos
que dançam, como o vento em campo aberto,
feitos de leveza e mistério,
carregando o eco ancestral de segredos,
como se a própria terra esculpisse você
com a suavidade do céu e o sussurro do mar.
Você é um desenho raro,
trançado em linhas que escapam ao olhar,
um esboço de sonhos entre sombras e luzes.
Sua presença é enigma e bruma,
silenciosa e intensa,
deslizando no ar como perfume fugaz
e repousando no espaço, sem pressa de partir.
Há em você uma verdade que não pede palavras,
um toque que nasce sem precisar de mãos,
e mesmo assim desperta na pele um arrepio,
um vestígio sutil de algo inominável
que desce entre corpo e alma,
deixando uma marca invisível,
mas que pulsa no sentir.
E mesmo sabendo ser efêmero,
tento, em versos, prender um instante:
fios de seda frágeis ao vento,
tramas que não capturam sua essência,
mas acariciam a ideia de você,
como dedos tocando a superfície de um sonho.
Então, peço,
abra a janela e deixe que seu sorriso se espalhe,
que ele alcance o mundo
e ofereça-lhe um pouco da luz que guarda.
Seu sorriso é o primeiro raio de sol
que dissolve a noite em promessas,
um calor que acolhe e suaviza,
transformando o que toca,
deixando o mundo mais inteiro
por existir, por um instante apenas,
na sua luz inigualável.