No ventre da terra, sementes dormem,
Guardam o mistério do recomeço,
Nas raízes profundas, o pulso vibra,
Ecoa nas veias da mata um sonho imenso.
O sol desponta entre as montanhas sagradas,
E cada raio é um convite ao despertar,
Na brisa suave, os ancestrais murmuram,
A vida é um ciclo, basta acreditar.
Ouça o tambor que pulsa no peito,
O chamado antigo que não cessa jamais,
Caminhe com os pés firmes no solo,
Mas deixe que o espírito voe em paz.
Carregue nos ombros a força dos rios,
Que seguem seus cursos, sem olhar para trás,
Assim somos nós, no rio da existência,
Procurando o mar, onde tudo se refaz.
A esperança brota como folha nova,
Nasce em cada olhar que ousa sonhar,
Acredite no fogo que arde no peito,
Nas estrelas que guiam, no vento a soprar.
Somos filhos da terra, do céu e do mar,
Nossa alma é tão vasta quanto o horizonte,
E nas curvas da vida, o coração sabe,
O caminho se faz onde o espírito responde.
Então siga, guerreiro de luz e amor,
Carregue o machado de Xangô em suas mãos,
Com a bênção de Oxóssi, firme como a terra,
E a espada de Ogum, que corta toda escuridão,
E faça do sonho seu maior feito.
Com a força de Tupinambá em tua pele,
Guerreiro valente de Xangô,
Trabalha ao lado de Oxóssi e Ogum,
Que guiam teus passos com fé e vigor.
A fé é flecha que nunca se perde,
A força é o grito que nasce da dor,
E a esperança, a mata que sempre floresce,
Num ciclo eterno de vida e amor.