Metamorfose

SilĂȘncio Que Restou

Ainda te olho, com dor,

às vezes, teu olhar,

carregado de simpatia,

me lembra o medo de sermos

o que somos.

 

Tu me olhas com pena,

com aquele mesmo olhar

do dia em que confessei

que de ti gostava.

 

Quando caminhamos lado a lado

e o assunto se desfaz,

tu sempre procuras um jeito,

de preencher o silêncio.

 

Como se esse vazio fosse,

o reflexo mudo

do não  que me deste.