GRAZIELA ALVES
Entorpecente!
A chuva cai incessantemente enquanto bebo cerveja no quarto
Sofro, sinto a ausência do teu corpo entre o meu, me fazendo estrago
A chuva não para e fico a escrever para disfarçar as lágrimas que são mais intensas do que a chuva
Onde está você que não veio hoje?
Será que está sozinho, pegou no sono, no sofá ou perdeu a noção das horas?
Dê um sinal por favor, não me deixe na angústia
Escrevo essas mal traçadas linhas Já entorpecida pela bebida e pela dor de imaginar você com outra nos braços
Fazendo as mesmas juras de amor que me fez
A ansiedade me consome, corrói por dentro Mas amanheço e vejo que foi um pesadelo
Você está ao meu lado, acariciando o meu cabelo.
Graziela Alves