Victor_Poeta

Na praça sem graça

Na praça sem graça, eu sou o poeta,  
Com ódio que rima com desgraça completa.  
Sentado no banco, escuto o bandido,  
Que fala de vidas, de sonhos perdidos.  

Sem amor nas palavras que aqui eu despejo,  
O veneno no peito é tudo que vejo.  
Sou mais um na esquina, na sombra, na raça,  
O eco da dor na cidade sem graça.  

Observo em silêncio, o caos que avança,  
E rimo com o nada, sem fé, sem esperança.  
Poeta de ódio, perdido na praça,  
A vida me segue, mas não tem mais graça.