Matheus França

Rachaduras

Sou um prisioneiro nato
De correntes mentais
Tudo que tenho se dissipa em frangalhos
A luta que lutei demorei muito para saber que era em vão
Quem Sou eu?
Quantos sou?
Sou um medíocre escritor?
Ou um escritor medíocre?
Sou deus dos meus demônios?
Um deus de outros deuses?
Criei deuses indestrutíveis
Eu não sou um

Um barulho no crepúsculo
Um barulho na alvorada
Em suma o caos me consome.
As fulgas sempre é pra dentro de mim
Onde a escuridão faz Morada.
Escrevo nesse papel com uma angústia como se algo saísse de mim todo errado
Escrevo nesse papel cuspindo fragmentos de uma alma sofrida e que sangra a todo momento.

Sobre essas linhas eu não vejo apenas palavras.
Peço para vocês, caro leitores
Que veja o que eu vejo
Olhe com meus olhos

Um espírito velho que já viu muitas gerações e com isso muito sofrimento
Vejo palavras desorganizadas
Um texto fragmentado, no entanto é mais do quê isso
É um grito de liberdade, um grito de solidão
Vejo isso como uma rachadura nas correntes
Um pedaço de esperança