No silêncio do meu quarto, peço espaço,
Para ouvir o eco do meu próprio passo.
Não é fuga, nem desdém pela companhia,
É só um momento para a alma vazia.
Me deixe só, mas não me deixe cair,
Na armadilha fria de não mais sentir.
Preciso estar comigo, mas sem me perder,
Na vastidão do ser, sem me esquecer.
A solidão que escolho não é prisão,
É liberdade para a introspecção.
Um mergulho fundo em meu ser,
Para na minha própria companhia crescer.
Me deixe só, mas saiba que estou perto,
Neste retiro, eu me descubro \'aberto\'.
A solidão é o palco para a reflexão,
Não é ausência, é reencontro e construção.
Por vezes, o mundo é um ruído sem fim,
E estar só é um ato de amor por mim.
Não é tristeza, é apenas compreensão,
De que há momentos para a solidão.
Me deixe só, mas não é um adeus,
É só um intervalo entre eu e os meus.
Um tempo para curar, para fortalecer,
Para quando voltar, melhor te receber.
Então me deixe só, mas sem solidão,
Neste silêncio, encontro a canção.
Que canta baixinho, no ritmo do coração,
Me deixe só... mas em boa companhia:
“A minha própria razão...”
By Lunix.L