Sinto o peso dos dias que não voltam,
um vazio profundo que penetra em mim,
como se cada silêncio guardasse tua ausência
num sussurro fúnebre que não tem fim.
E, mesmo longe, és presença constante,
nas horas vazias e noites escuras,
pois o que se foi, de algum modo, persiste,
numa dor que se aconchega e me tortura.
Te vejo em cada espaço que não ocupas,
no toque do vento, na brisa que abraça,
uma ausência que grita, sem trégua, em silêncio,
como a falta amarga que nunca se passa.
Ah, saudade… que de tão profunda,
tornou-se parte, tornou-se vida,
é o amor que ficou sem abrigo,
uma chama que nunca é esquecida.
8 nov 2024 (13:12)