Que doce melodia
Doce mel da nostalgia
Mel do dia que se foi
Hoje é verso que contagia.
A vida doce com seu tacho
A cana da vida e seu cansaço
A doce alma que se espreme
Fazendo melado enquanto geme!
Só tu engenho da vida
Que na caatinga esquecida
Fazia da espuma doce e batida
Enquanto o ronco do motor
Inda chora tua partida.
Entravam Kaianas
Saiam águas ardentes
Nos alambiques sobreviventes
Dos doces engenhos de canas.
Saudades do engenho de moer
Da Varjota distante e sua vida
Dos bois, do ir e da vinda
Dos domingos ao dia
Com avô Domingo e a Vó Maria
Da sede do suor que res ‘pinga’
Da doce lembrança a doer!
11/07/2020 Estado de Graça do meu CARIRI.
Uma Homenagem aos meus Avós Maternos Domingos Saraiva Né e Maria Canuto Saraiva.
Fazenda Varjota - Ipaumirim,Ceará.