Mais um dia que se vai, e eu aqui,
No silêncio pesado, a alma a gritar,
Sussurros do ódio a me atormentar,
Em meio a risos, a sombra, a agonia.
Um mundo que brilha, mas que não me vê,
Enquanto os outros dançam, eu fico a observar,
A dor que me cerca, um muro a se erguer,
Um peso, uma guerra, a eterna ferida.
Neste sol que desponta, vejo a hipocrisia,
As promessas vazias que o vento levou.
E assim, entre flores, o veneno brotou,
Caminhando entre espinhos, em busca de um dia
Que traga a verdade, um pouco de paz,
Mas o ódio na alma não me deixa em paz.
A vida que pulsa, eu só quero esquecer,
Mais um dia, e a batalha, sem fim, a correr.