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Pobre poeta!
Sofra essa dorzinha renitente
Com essa palavrinha de condão
Como se pudesse fazer magicamente
Da poesia o Morfeu
Com meu sonho em suas mãos
Não mais haverá palmas
Para os instantes de fantasia?
Preso na desesperante mortalha
Já olvido meus suspiros de alma
Sem a possibilidade de uma rima
Minguada ficaria a minha sina
Sem a cor exalada de uma letra
Sem a cantiga de magia em poesia
A alma, assim, é de pouca serventia
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