Estou sentado no meu quarto,
Minha dor eu disfarço,
Para as pessoas ao redor, não preocupar.
Mas a minha alma barulhenta, grita para alguém, sua voz escutar.
Vida longa tenho, caro poeta,
mas não lembro do dia que realmente vivi,
sem a ideia da morte ou da ausência me alcançar.
Coração bom tenho, caro poeta,
É dificil de acreditar?
Dei amor a quem precisava,
Curei feridas que não tinha aberto,
E clamei pelo o sucesso,
de quem um dia me esforçava,
para na sua vida ficar.
Sorriso bonito tenho, caro poeta,
e nunca me importei de mostrar,
para tranquilizar pessoas, que nunca pensaram em ficar.
Amei tanto, caro poeta,
que já não sei a quem minhas poesias devo entregar.
Todos a quem escrevi,
as fizeram parecer tao rasas, que as reescrevi
Me importei tanto, caro poeta,
mas ninguém ao meu redor consigo encontrar.
a dor é tanta, caro poeta,
que achei que minha linha havia parado de pegar.
E esse sentimento que me consome, caro poeta,
eu já não consigo lidar.
Então não escrevo as rimas mais bonitas dessa vez,
e espero que você consiga me perdoar.
Mandei tantas mensagens, caro poeta,
e nunca recebi nenhuma resposta,
daqueles que me chamaram de irmão,
e prometeram a sua estadia,
machucaram mais uma vez meu coração.
A vida de todos se seguiu, caro poeta,
e eu ainda estou aqui, sentado no escuro,
com um computador fuleiro, escrevendo sobre a desesperança do futuro.
Eu queria amar e ser amado, caro poeta,
mas depois do ultimo amor, já sinto medo da paixão,
acho que se eu amar novamente, pararei dentro de um caixão.
As lágrimas não param de rolar, caro poeta,
e sinto que dessa vez, as poesias não vão me salvar.
— OSTHS.