Sinto borboletas voando em meu estômago,
quase como se plumas suaves acariciassem meu interior.
Uma ardência na garganta: estou com refluxo?
Minhas bochechas doem de tanto rir,
eu amo como cada músculo do meu rosto
sintoniza com sua voz, seu toque, seu olhar.
Meus olhos se irritam; por que chove
mesmo sob um sol tão brilhante no céu?
Sinto meu coração aquecer a cada batida do seu,
enquanto me deito em seu peito,
perfumada pelo seu cheiro, pela sua pele,
pelos seus ossos, pelo seu passado.
Minha mente queima; meus olhos lacrimejam pela fumaça.
Fiz algo errado? Eu te fiz errar?
Sinto seu toque suave percorrer minha espinha,
desbravando minha alma,
desvendando meu coração,
desembaralhando minha imaginação.
Por que bate tão forte à porta?
Eu mereço a solidão? E você, merece ficar só?
Sinto o cheiro da sua raiva.
Sinto seu aperto delicado,
enquanto meu corpo clama por mais da sua atenção e desejo.
Sinto sua distância,
sinto a falta de afeto,
sinto a sua angústia.
Talvez eu seja o problema.
Talvez você seja o problema.
Sinto você.
Eu sinto...
sinto sua falta.
Vou escrever aqui, vai que você passa para ler.
Com carinho e melancolia,
Juan Guilherme (Alaska)