Percorro trilhas esquecidas,
isoladas como minha alma em busca,
entre cores e silêncios
onde o tempo revela ecos de nós.
À beira do rio que testemunhou promessas,
as águas sussurram segredos antigos.
Sob meus pés, o solo firme me acolhe,
dissolvendo o peso das memórias,
que como sombras, suavemente se vão.
Sou agora um viajante solitário,
ancorado no desejo de teu olhar,
uma luz que rompe a escuridão,
traçando caminhos de volta a você.
Em cada passo, obstáculos emergem
como lembranças que não se apagam.
Ainda sinto tua presença na brisa,
nos ecos de risos, promessas antigas,
em nosso refúgio sagrado.
Será este o sonho que guardamos,
florescendo em cada fissura da espera?
Se em ti houver desejo,
encontremo-nos sob este céu imenso
onde o tempo cessa, e tudo faz sentido.
Venha, deixe que as águas nos juntem,
que cada onda ressoe
o que um dia foi nosso.
Aqui, neste espaço que é só nosso,
quem sabe, juntos,
podemos redescobrir um lar,
tecendo novas histórias,
fazendo da saudade nosso abrigo.