Tomei o cálice do tempo, recebi a carta da amiga tão demoníaca e vil, ali jaz o cálcio dos ossos.
Dedilho as costelas que um dia se expandiram com o ar dos pulmões, a carne, pra onde foi? Está nos seres me devoraram?, não por maldade ou vingança, mas por vida e abundância.
Meus olhos que só veem o universo, e o crânio onde já habitou sonhos, esperança e planos de uma grande conquista. Ter uma família, mudar o mundo, acordar as 6 da matina....
De que me apetece regurgitar essas memórias ou essa angústia fúnebre? Se morre, apodrece é some uma única vez, mas se vive todos os dias e todos os segundos,
Obrigado morte, um dia fitará meus olhos, mas não será hoje, nem amanhã, pois ainda há de ser meu tempo de conquistas e sonhos. Ainda há carne e ossos, ainda há pulmões para expandir, há esperança.