Almeida

Sorriso tardio

Poema do Sorriso Tardio

 

E do verso se fez estrofe,

que tardia tornar-se-á poema,

de um sorriso que era enfoque,

mas se perdeu na dor suprema.

 

Se o olhar outrora era abrigo,

hoje é sombra, é miragem fria,

do que em sonhos foi tão vivo,

e agora é pura agonia.

 

E ao recordar o brilho do seu sorriso,

a luz que iluminava a minha estrada,

é um farol em meio ao impreciso,

que ainda aquece a alma apaixonada.

 

E ao vê-lo, um eco em meu peito,

um lembrete do que não passou,

do amor que ainda arde em meu peito,

e da dor que nunca se apagou.