Eita saudade do meu sertão
da terra vermelha,
casinha batida cercada de
suor, pilão e unidade.
Por lá a água é tão pouca,
chuva não vem no solo fértil,
a plantação quase não se vinga.
É imensidão e sequidão
que faz sofrer meu coração.
Ali o caminho é sinuoso,
e meu saudoso coração
na labuta da vida fica a pensar
meu sertão não troco não,
por nada que vejo em tua mão.
De todas as minhas andanças
nunca vi povo assim tão unido,
caloroso e ombro amigo.
Em todo canto que me acheguei,
nunca vi canção mais amiga.
Foi ali na terra da sequidão que vi
nascer a flor mais genuína.
Fruto doce, só ali eu provei
no meu umbuzeiro
o caldo é mais forte
dá sustança a sua gente,
cuscuz, farinha, e fubá
até a cabra ali dá o leite.
Foi lá no meu sertão,
que vi gente mais
forte a labutar.