kleisson

Guerra

A explosão que consome

Homem inútil, macaco primitivo

Homo Sapiens desnudo de  moral

Hiroshima

Nagasaki

Berlim

Londres

Vietnã

Até quando será ignorante e queimarás a terra de teu próximo?

Até quando matarás teu semelhante?

Guerras sem fim

Guerra sem uma finalidade

Até quando serás tua algema?

Até quando sangrarás rude homem?

És inútil por acaso?

Te dói a paz? 

Abraçar teu próximo te ofende?

A quem enganas?

Mata aquele que te dá bom dia

As chamas destroem a cidade do pobre e do oprimido

A pobre mãe em seus braços tem seu pequeno filho que jaz em colo materno

As lagrimas das crianças que perguntam o que fizeram

A televisão manchada de sangue 

As notícias retiram a fé e perfuram o coração

que és vós homem?

Macaco vindo das árvores ou és como Rousseau

Usa de tua razão ser que pensa

Não terás futuro a não ser a morte que te recolherá como estrume

Não tira a esperança dos pequenos

Não rouba o futuro dos que não nasceram

Serás herói de nações

Ou escarnio de muitos

Arremessa flores sobre campos que foram minados

Dá a mão ao ferido e pão ao faminto

Sejas útil ao mundo de tua mãe e de teu pai

Não derrama sangue no chão e sim pinta as avenidas de arco-íris

Promove a paz em teu coração 

Ama teu próximo como falou o judeu na cruz

Olha o por do sol que anuncia o fim do dia para o alvorecer do futuro da manhã seguinte

Quem cantem os homens do belo dia do céu anil como da revolução dos cravos

que haja tapetes de flores sobres as cidades

E que todos digam 

Não há mais guerra 

Vivemos em paz.