Tua beleza é muito maior que o alcance
Destes meus pobres versos
E quanto gostaria eu de ter
A leveza da pena de Bilac
Uma fração do talento de Balzac
Que versos viessem a mim aos borbotões
Como nas redondilhas de Camões
Para tua beleza exaltar !
Mas quem sou eu ?
Sou apenas um aprendiz de poeta
Que não frequentou o Parnaso
E os toscos versos que faço
Torno exasperado a dizer
Não estão a altura dos encantos teus
Mas, quem sabe um dia o bondoso Deus
Me conceda mais inteligência
A meus versos traga fluência
Para elogiar tua inolvidável beleza
Em versos que brilhem como alvo
Como o alvo deste teu sorriso
E que se vistam do brilho
Do azul destes olhos teus