Um novo prédio
Desbravo essa outra cozinha
Cujos copos pratos talheres
Ainda não conheço de cor
Nem sabia mas esses dias eu descobri que essa expressão
Veio do francês
De cœur
Do coração
Deslizo por entre os cômodos
Desfilo nesses corpos também novos
O recomeço das aproximações fúteis
Um deles bem bonito tenta sutilmente
Me tatear no escuro
“Sorry do you speak English?”
(Yes I do)
“Does it have any sugar at your floor?”
(No)
No meu andar não tem cozinha e nem açúcar
Mas eu não quero me explicar
Se eu me estender nesse tipo de conversa
Eu já sei onde ela vai dar
Tudo muda sempre
Nada muda nunca
É só mais um rosto cabelos braços para por os olhos
Memorizar os detalhes
Secar a saliva
Outro nome para eu desesperadamente
Precisar