É preocupante uma sociedade que rotula tudo, que nomeia extremos, submetendo à polaridade em etiquetas como se suas convicções fossem produtos que coloca na prateleira.
Que visam seu modo de pensar como certo, e não abrem as ideias ao respeito, a individualidade, ao livre arbítrio e natureza de cada um, assim condenando com preconceitos e modos pejorativos onde a intolerância e extremismo imperam.
Se cada um cuidasse da sua vida esse mundo seria perfeito.
Vivemos uma hipocrisia social, onde muitos apontam o dedo enquanto os outros ocultos apontam para si mesmos.
Vivem uma vida de aparência e de mentira, e sinceramente, deve ser muito cansativa essa rotina de mentir e fingir ser o que não se é, porém a máscara social que pode enganar alguns, mas o vazio de si próprio jamais escapará.
Em contraponto, as futilidades existenciais, a invenção de uma falsa personalidade que não se encontra, necessitando provar a todo instante que se é alguém - fabricado pela imaginação.
Isto não é julgamento. Todos somos falhos. Ter identidade é difícil em um mundo que não tem opinião própria e opera em efeito manada.
A busca pelo autoconhecimento, amadurecimento e crescimento emocional, mental e conhecimento de uma forma geral é algo inconcebível para uma massiva parte que só se preocupa com o ego.
O ego é igual um balão cheio, ou ele murcha com o vento ou estoura com um alfinete.
Por outro lado, algumas bolhas serão impossíveis de estourar. Se a própria pessoa não fizer, será engolida pelas suas ideologias equivocadas, ultrapassadas e sem embasamento. Que no fundo critica, e por debaixo dos panos age sem princípios em outros aspectos. Ou até, fazem aquilo que tanto condenam.
Todo mundo tem virtudes quando quer passar uma certa imagem. É claro que não falam seus defeitos. Mas, esses são perceptíveis (não por todos), exceto para quem é justamente o contrário.
Cada um exerce o direito de ser ou não ser o que bem entender, e para isso existe ônus e bônus.