Tempo, tão severo com a gente...
Na vida, na estrada do abismo,
Tudo é teu; um ser tão inteligente.
Destino, azedo como pimenta,
Recinto passageiro, breve e feroz,
Fere o leproso que ainda lamenta.
Esperança, amigo da criança;
Simples, és uma onça, tão ágil,
Triste, presa nessa dança.
Futuro, que mal existe,
Mas amedronta o labuteiro,
Esse, sim, realmente persiste...
Tempo, tão severo com a gente;
Destino, azedo como pimenta;
Esperança, amigo da criança;
Futuro, que mal existe...