Em cada linha de um verso,
o anverso oculto do tempo,
incansável movimento,
riscado de espinhos
brechas abrindo em sangue vívido,
ocultando sonhos antigos,
Não promete o futuro,
e nem o arremete, nem inerte
pois o que faz, não promete
vai cumprir, inexorável, mortal
(não deixará rastros )
nem permitirá serem gravados
para mostrar que vivi.
Será cruel, bem o sei
e nada mais haverá,
pois não vai haver amanhã.