Eu queria poder ficar só, mas não posso, porque não posso deixar de lembrar que o tempo não toca em mim, que a vida sempre é mais nova que eu, que sempre renasço quando tempo para de ser único.
Poderia atravessar as gerações e menções ditas por entre eras por entre planos, por navalhas de sentimento que fazem meu corpo queimar.
Só posso procurar apenas aquele mesmo rosto que vejo no pano da água, inabalado, inalterado, mas ainda com o mesmo espírito transcendente nas ondas do mar.
Eu queria poder estar na estrada correndo e observar tudo passar devagar, sentindo o rosto no vento e quebrando as curvas com a poeira do pó estelar.
A noite me desolar na fogueira, por desolar, apenas olhando fogo intenso queimar, e tentar de vez quando imaginar seu sorriso, ali, junto comigo sem mesmo perto estar.
E tão conformado estaria que me sugaria para dentro do meu íntimo, tão somente caçando duas ou mais vezes ou que estaria sentindo, por vezes não sei se lhe perco, nem sei se perdi, parece tudo tão repetitivo, por ver todas as pessoas voltando para mim.