Priscila Ribeiro

Dias sem par

Á beira da minha janela,

vejo um pequeno garoto a passar

 

se entrelaça por muitas curvas 

nas muitas ruas insiste passar.

 

sorrisos e olhos vivazes,

como aquarela,

seguia o seu caminhar

 

Atrás, em poucos passos,

vejo uma mulher a se delongar

 

cabelos longos e ruivos,

face rosada,

um tanto curvada, 

olhar perdido que,

ao soar da voz do menino, 

fazia as flores de outono, 

caídas ao chão,

em si ressoar.

 

 

Do seu labirinto,

terna saída encontrou,

 

mesmo frente aos tantos ruídos,

a voz do menino em si ressoou.

 

Mãe, quer vir aqui

olhe o pássaro que se esconde ali.

 

Vamos mais alto?

Podemos chegar mais perto?

 

Veja!

O trem está a partir,

podemos seguir ou

é melhor ficarmos aqui?

 

Raios de sol se dissipavam,

ali, o entardecer não se demorava.

 

O anoitecer 

logo se via os cobrir

e os vagalumes, mais que vibrantes, 

os esperavam partir.

 

A pequena notória voz,

em doce harmonia fazia 

daqueles momentos, dias sem par.