Hideo
Viver
Nascido em um lar distante,
Entre os ruídos da fábrica,
Uma criança errante, em busca de horizontes,
Que aspira a voar.
Fragmentos quentes, como o sol poente,
A solitude se torna refúgio e amiga,
Com o passar do tempo, a leveza vira peso,
E a busca por abrigo se veste de incerteza.
O retorno ao lar, um golpe no íntimo,
Sorrisos mascaram a dor do desapego,
Amores efêmeros, desfeitos como ilusões,
Na penumbra da dúvida, clama-se por clareza.
Reflexos no espelho, uma batalha sem fim,
A insegurança expõe as fraquezas do ser,
Mas ainda brilha uma centelha, esperança viva,
Um anseio constante por mudança.
Corações entrelaçados,
Acompanhando almas marcadas por cicatrizes,
E na escuridão, um caminho surge,
Um percurso que leva à luz, a novas direções.
Coragem para ser, redescobrir-se a cada passo,
E mesmo diante do medo que paralisa,
Persistem as buscas, o desejo de existir.
A vontade de viver.