O alvorecer na Caatinga é magnífico!
Com o despertar de mais um dia se inicia a orquestra da passarada,
E com o raiar do Sol, vai se revelando uma grande riqueza,
Ainda por muitos subestimada!
A sua nobre resistência se manifesta na estiagem,
Com uma linda metamorfose vitima de falsos julgamentos,
Presença e ausência de água são o que ditam o ritmo da sua aparência,
Guardando o tesouro contido em sua vasta essência.
Só tem plantas baixinhas e secas?
Não! Tem juazeiro, barriguda, angico, catingueira e umbuzeiro;
E as que têm espinhos? Tem mandacaru, coroa-de-frade, quipá e facheiro;
Tem bromélias? Tem macambira e caroá;
Tem frutos? Tem umbu, licuri, babão, caju e maracujá.
É muito quente, tem aves? Tem periquito, cabeça-vermelha, asa-branca, coleiro e cancão;
Mas com certeza répteis e anfíbios não! Tem cururu, calango, teiú e camaleão;
Mamíferos é que é difícil não é? veado, macaco, gato-do-mato e tatu;
E peixes? surubin, traíra, curimatã e pacu.
A valorização da Caatinga eu apoio,
Para aqueles que se enganaram à primeira vista
Vai um ditado popular
O desengano da vista é furar o zóio!