Esforço d\'ralé não é mais que a brisa da maré.
Quando o vento sopra, o povo se revolta,
Quebrado, como um carro que não dá ré.
Mas nada disso importa nessa reviravolta.
Enquanto o nédio assoalho é pisado,
A vida avança em compasso cansado.
O algoz fúlgido retira-se, como covardo.
O jovem morre, querendo ser um javardo.
Mas nada disso realmente importa,
Pois o militante sempre se renova;
Ele busca abrir aquela linda porta.
De novo, o ciclo rejuvenesce,
O mundo logo se entorpece,
E a cigana faz-se ingênua.