Arlindo Nogueira

A COR DO AMOR  

Qual é a cor do amor?

Será da flor regada do Frade

Ou será outra cor...

Aquela que o beija-flor invade

No jardim do Éden

Saciando a sede da sua metade

Do néctar infalível

Amor impossível ninguém sabe

 

Noites mal dormidas

Estradas puídas pés ao relento

Sob o luar de prata  

Que desata luz cem por cento

Nas gotas de orvalho  

No pó do cascalho rigo no vento

É história do passado

Já apagado nas mãos do tempo

 

O tempo passando

Trazendo levando fumaça e fogo

A retina se cansa

Na esperança de ver seu retorno 

Nuvem desaba águas

Tal qual os tentáculos do polvo 

Lavinas de lágrimas

Duma dor cálida tudo de novo

 

Há sonhos dourado

No coração alado de você

Debaixo dos caracóis

Suspiros de nós há estremecer

No balanço da rede

O cio da sede do bem-querer

No seu lindo contexto

Seu amor é o texto para se ler

 

Nos átrios há risco

Do arisco coração ainda em flor

Que crepita a perfídia

Naquela mídia que tem seu furor

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Mundo fugidio em digital da dor

Vozes estão em silencio

Só há fitos tensos na cor do amor