Qual é a cor do amor?
Será da flor regada do Frade
Ou será outra cor...
Aquela que o beija-flor invade
No jardim do Éden
Saciando a sede da sua metade
Do néctar infalível
Amor impossível ninguém sabe
Noites mal dormidas
Estradas puídas pés ao relento
Sob o luar de prata
Que desata luz cem por cento
Nas gotas de orvalho
No pó do cascalho rigo no vento
É história do passado
Já apagado nas mãos do tempo
O tempo passando
Trazendo levando fumaça e fogo
A retina se cansa
Na esperança de ver seu retorno
Nuvem desaba águas
Tal qual os tentáculos do polvo
Lavinas de lágrimas
Duma dor cálida tudo de novo
Há sonhos dourado
No coração alado de você
Debaixo dos caracóis
Suspiros de nós há estremecer
No balanço da rede
O cio da sede do bem-querer
No seu lindo contexto
Seu amor é o texto para se ler
Nos átrios há risco
Do arisco coração ainda em flor
Que crepita a perfídia
Naquela mídia que tem seu furor
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Mundo fugidio em digital da dor
Vozes estão em silencio
Só há fitos tensos na cor do amor