Vem mais depressa
E recomeça
Meu coração!
E volva a saia
— Ensaia em mim —
Sou solidão!
Mas sê intensa
Como em encruzas
Ou cemitérios,
Que simples crânio
Escuro e velho
Espero, espero
Por teu declínio!
Por sobre mim
— Suor sanguíneo —
Ou sobre a rosa
Manchada a vinho!
Sê mais depressa
Que cada jura,
Cada promessa
Pontiaguda
De amor que fere
Ou amor que muda
E tão mais sútil
Quanto um silêncio,
O vulto, o incenso
E o quarto escuro:
Sê a palavra
E eu tuas cartas
E escreve o amor
E sela as mágoas,
Mas que ao olhares
Abertamente
Sejamos um
Como um só sente! ( ... )