Christopher Bennett

Ode à Musa ...

Vem mais depressa

E recomeça

Meu coração!

E volva a saia

— Ensaia em mim —

Sou solidão!

Mas sê intensa

Como em encruzas

Ou cemitérios,

Que simples crânio 

Escuro e velho

Espero, espero

Por teu declínio!

Por sobre mim

— Suor sanguíneo —

Ou sobre a rosa

Manchada a vinho!

Sê mais depressa 

Que cada jura,

Cada promessa 

Pontiaguda

De amor que fere

Ou amor que muda

E tão mais sútil 

Quanto um silêncio,

O vulto, o incenso 

E o quarto escuro:

Sê a palavra 

E eu tuas cartas

E escreve o amor

E sela as mágoas,

Mas que ao olhares 

Abertamente

Sejamos um

Como um só sente! ( ... )