Quando o tudo, não basta…
Ema Machado
Uma mancha, uma nódoa
Certos sentires ferem
enforcam sem cordas…
Só se vive uma vez, dizem
Então, estou morto…
Sinto-me morto sem você
Quem abrirá, do sepulcro, as portas?
Não vês?
Teu nome está gravado em minhas vontades
Teu beijo, em minha boca arde
E frio, que agora veste meu corpo
É tua ausência a gritar:
O tudo que vivemos, foi tão pouco…
O ar tornou-se cinzento
Não choveu, não há umidade
Nem lágrimas
Rarefeito é o momento
A solidão sentou-se ao meu lado
Chega a sussurrar meus pecados
Como não bastasse, tem a tua
voz, e deixo-me ouvir
Só assim adormeço, só assim…
Encontro-o em meus sonhos…