Não sou de mar calmo,
eu me armo,
do vento assoviando,
agua no rosto,
madeiras revirando...
Onde o difícil é normal,
de lagrimas, que são sal.
De cicatrizes que nunca saram,
de monstro marinhos,
em batalhas que nunca param...
Desculpe querida...
mas na superfície da pele
não me dói a ferida,
não doeu sua partida,
são tantas dores,
eu não escolhi a sua.
Nas raras noites que vejo a lua,
lembro do seu pedido,
quase uma censura,
navegar em aguas calmas,
sem loucura,
a procura de calmaria...
Ah não! minha querida!
eu não te amaria,
não sem emoção...
Se meu norte prefere atracar,
vou sem bussola, só mar,
Te vejo no horizonte inalcançável,
buscando nuvens carregadas,
pra marcar a alma,
em um \"nós\"...inexplicável.