Sentado estava eu o velho sábio debaixo da árvore, e acariciava minha barba proeminente o velho instrutor do mundo que refletia no seu pensar singular, dia, noite, dia seria o momento o hoje o que passara. Sou velho, me são muitos os anos, sou antigo como a árvore, sou testemunha do tempo e senhor de meus passos, filho da aurora do mundo, amante da sensatez.
Sou o velho da vila, o antigo da aldeia o pai dos filhos que a vida me deu, sou o conhecedor dos remédios, altruísta, sensato, calmo e sereno como o movimento das folhas, sou a voz que encerra a conversa, a palavra aos mais novos, vi a todos antes de começarem a falar das coisas do mundo, sou antigo como a terra, vi muitas dessas árvores serem mudas e hoje são tão grandes que tocam o céu, sou o hoje, já fui o ontem e amanhã serei mais uma vez um velho homem a tomar chá.