No meu desassossego
preso nas memórias que cavalgam nos ventos
nos altos mares dos meus fados devastados
minha alma é um vale de purgatórios
onde jorram rios de desesperos
nas nascentes dos meus sóis
e minha voz muda, erouca no meu cantar fúnebre
preso nos gritos infernais dos meus medos
\"O seu desamor mulher...\"
Ah, quantos infortúnios!
De quantas mágoas se faz a minha morte
que o sono sempiterno e a vida nessa sua ausência
Ah, minha amada!
Se podem os deuses do etérico conceder-me alguma graça
que seja a doce melodia da sua voz
a última nota do presságio da minha vida
E se merecer redenção
que seja a sua boca, os seus labios
os seus seios de uvas
a fonte do meu renascer...