Passam-se as horas e se vão os minutos, finda-se o momento do presente que se torna passado daquilo que um dia foi futuro, se extingui a contagem no tempo e no espaço.
É o homem parte do tempo ou construtor dele, ou personagem que o tempo substitui com o tempo, é pedra o homem que rola pela ladeira das horas e se desfaz como poeira na finitude de seus atos, seria mais valoroso o pobre homem se mudasse o tempo alterando sua rotação, seria mais valoroso o homem se pensasse em seus atos que deixou no tempo como roupa velha para trás e que altera a paisagem e o tempo de outros.
Seria o homem ator na hora, espectador dos minutos e ouvinte nos segundos, o tempo seria para Sócrates o que foi para Einstein, seria relativo como o obvio, seria lógico como o despertador do relógio, seria momentâneo como os segundos que o olho perde, o tempo é tempo e sem tempo segue perdendo seu tempo buscando o futuro que é sempre o próximo minuto.