E eis que havia um homem ao mar, solitário a ouvir o silvo do vento escaldante da tarde de um dia perdido, ele era a personificação do perdido, a alma abandonada pela terra firme.
Um arremedo do caminhante, a sombra do desprezo da forma desprezível do amante das águas, o lobo solitário das águas revoltas. Ele contempla o vazio, almeja a glória do passado perdido por seus pares, lamenta a distância das docas segue para onde o vento o levar, dá vazão aos seus pensamentos sobre a proa acompanhado de suas lembranças que lhe são a ancora para sua prisão tão triste, a solidão da alma, a beleza da memória da terra que lhe pariu, lamenta o velho homem distante sem rumo, seu destino somente seu velho amigo vento sabe.